terça-feira, 30 de abril de 2013



NOSSOS IRMÃOS, OS ANIMAIS.


Por Vera Lúcia dos Santos Nuzzi.


Todos nós, cristãos, sabemos do amor que Francisco de Assis tinha pelos animais, a ponto de conversar com eles e até discursar para os mesmos.

Não há dúvida de que o relacionamento com nossos irmãos inferiores provêm dos primórdios do nosso desenvolvimento como seres humanos.

É natural que tenhamos dúvidas, questionamentos, sobre a vida, sobre a criação, sobre a natureza, sobre o criador. Fazemos parte deste contexto vital e como criaturas inteligentes buscamos meios para compreender a nossa origem, a nossa situação, a nossa destinação.

A Doutrina Espírita com seu cabedal de informações filosófico-científicas nos faculta uma visão maior dos porquês da vida.

Ensina-nos que são dois os elementos gerais do universo, criados por Deus:

1º O Fluido Cósmico Universal: é a matéria primitiva, em seu estado mais elementar; em suas modificações e transformações, dá origem a inumerável variedade dos corpos da natureza.

2º O Princípio Inteligente ou Princípio Espiritual: é dele que se originam por processo evolutivo, todos os seres espirituais.

Os animais possuem o princípio inteligente. Sua inteligência é instintiva, limitada a vida material, têm consciência de sua existência e de sua individualidade.

Os animais se comunicam entre si numa “linguagem” instintiva e limitada pelo círculo de suas necessidades e de suas ideias.

A alma dos animais conserva após a morte sua individualidade, mas não a consciência de seu eu, a vida inteligente permanece no estado latente. Para os animais não há expiação, já que não têm a inteligência moral.

Na observação dos animais percebemos a veracidade das afirmações dadas pela Doutrina. Notamos as diferenças de personalidade em animais da mesma espécie, percebemos demonstrações afetivas de alegria, tristeza, raiva, espanto, surpresa, saudades, solidariedade, apegos, heroísmo...

No livro “Os animais têm alma?”, o pesquisador espírita Ernesto Bozzano demonstra a sobrevivência do princípio espiritual à morte física. Relata casos verídicos de animais tendo manifestações metapsíquicas como agentes e como percipientes: casos de comunicações telepáticas, percepção de Espíritos e aparições post-mortem. É um livro interessantíssimo.

Enfim, os animais são nossos irmãos como criaturas de Deus. Estão como nós, sujeitos à Lei do Progresso; são nossos companheiros na senda evolutiva. Participam, com sua existência, do equilíbrio ecológico do planeta. Muitos deles nos prestam relevantes serviços. Por tudo isso devemos aprender a valorizá-los e principalmente respeitá-los, em sua natureza.

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