Lei de
Reprodução
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Por Cesar e Sabrina Couto |
A reprodução dos seres
vivos é uma lei da natureza.
A população nunca será
excessiva na Terra mesmo seguindo a progressão crescente que vemos Deus a isso provê e mantém
sempre o equilíbrio, não faz nada inútil; o homem que vê apenas um canto do
quadro da natureza não pode julgar a harmonia do conjunto.
Há raças humanas que
diminuem; chegará um momento em que desaparecerão da face da Terra, mas outras tomaram seu lugar,
como outras tomarão o da vossa um dia.
Os homens
atuais são os mesmos Espíritos que vieram para se aperfeiçoar em novos corpos,
mas que ainda estão longe da perfeição. Assim, a raça humana atual, pelo seu
crescimento, tende a expandir-se sobre toda a Terra e substituir as raças que
se extinguem, terá seu período de decrescimento e desaparecerá. Outras raças
mais aperfeiçoadas a substituirão, descendendo da raça atual, como os homens
civilizados de hoje descendem dos seres brutos e selvagens dos tempos
primitivos.
A origem das
raças se perde no tempo; como todas pertencem à grande família humana, qualquer
que seja a fonte primitiva de cada uma, elas puderam se juntar entre si e
produzir tipos novos.
A característica
distintiva e dominante das raças primitivas é o desenvolvimento da força bruta em vez da
intelectual. Atualmente ocorre o contrário: o homem faz mais pela inteligência
do que pela força do corpo e, entretanto, faz cem vezes mais, porque soube
aproveitar as forças da natureza, o que os animais não conseguem fazer.
Deve-se
fazer tudo para chegar à perfeição, e o próprio homem é um instrumento nas mãos
de Deus, do qual Ele se serve para que tudo à sua volta atinja os objetivos aos
quais se destina. A perfeição, sendo o objetivo para o qual tende a natureza, é
de Deus favorecer essa perfeição.
As leis e costumes humanos
que criam obstáculos à reprodução são contrários à lei da natureza.
Entretanto, há espécies
de seres vivos, animais e plantas cuja reprodução indefinida seria prejudicial
a outras espécies e o próprio homem se tornaria uma vítima, o comete um ato
repreensível ao impedir essa reprodução?
Deus deu ao homem, sobre todos os seres vivos, um
poder que deve usar para o bem, mas do qual não deve abusar. Pode-se regular a
reprodução conforme as necessidades, mas do qual não deve dificultá-la sem
razão. A ação inteligente do homem é um contrapeso estabelecido por Deus para
equilibrar as forças da natureza, e é isso ainda que o distingue dos animais,
porque o faz com conhecimento de causa. Mas os próprios animais também
concorrem para esse equilíbrio, porque o instinto de destruição que lhes foi
dado faz com que, ao terem de prover sua própria conservação, detenham o
desenvolvimento excessivo e talvez perigoso das espécies animais e vegetais de
que se nutrem.
O controle da natalidade
para impedir a reprodução e satisfazer a sensualidade é a predominância do corpo sobre a
alma e de que o homem está materializado.
Casamento e celibato
O casamento, ou a união
permanente de dois seres, é um progresso na marcha da humanidade.
A abolição do casamento
para a sociedade humana seria o retorno à vida animal.
A ideia de que o
casamento não pode ser absolutamente dissolvido está na lei humana que é muito contrária à lei
natural. Mas os homens podem mudar suas leis; as da natureza são as únicas
imutáveis.
O celibato voluntário não
é meritório aos olhos de Deus, e os que vivem assim por egoísmo desagradam a Deus e enganam a todos.
O celibato é para algumas
pessoas um sacrifício com a finalidade de se devotar mais inteiramente ao
serviço da humanidade. Todo
sacrifício pessoal é meritório quando é para o bem; quanto maior o sacrifício,
maior o mérito.
A igualdade numérica aproximada que existe
entre homens e mulheres é um indício da proporção em que se devam unir.
A poligamia é uma lei humana cuja abolição marca
um progresso social. O casamento, conforme o desígnio de Deus deve estar
fundado na afeição dos seres que se unem. Com a poligamia não há afeição real:
há apenas sensualidade.
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