segunda-feira, 10 de junho de 2013



Lei de Reprodução



Por Cesar e Sabrina Couto


A reprodução dos seres vivos é uma lei da natureza.
A população nunca será excessiva na Terra mesmo seguindo a progressão crescente que vemos Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio, não faz nada inútil; o homem que vê apenas um canto do quadro da natureza não pode julgar a harmonia do conjunto.
Há raças humanas que diminuem; chegará um momento em que desaparecerão da face da Terra, mas outras tomaram seu lugar, como outras tomarão o da vossa um dia.
Os homens atuais são os mesmos Espíritos que vieram para se aperfeiçoar em novos corpos, mas que ainda estão longe da perfeição. Assim, a raça humana atual, pelo seu crescimento, tende a expandir-se sobre toda a Terra e substituir as raças que se extinguem, terá seu período de decrescimento e desaparecerá. Outras raças mais aperfeiçoadas a substituirão, descendendo da raça atual, como os homens civilizados de hoje descendem dos seres brutos e selvagens dos tempos primitivos.
A origem das raças se perde no tempo; como todas pertencem à grande família humana, qualquer que seja a fonte primitiva de cada uma, elas puderam se juntar entre si e produzir tipos novos.
A característica distintiva e dominante das raças primitivas é o desenvolvimento da força bruta em vez da intelectual. Atualmente ocorre o contrário: o homem faz mais pela inteligência do que pela força do corpo e, entretanto, faz cem vezes mais, porque soube aproveitar as forças da natureza, o que os animais não conseguem fazer.
Deve-se fazer tudo para chegar à perfeição, e o próprio homem é um instrumento nas mãos de Deus, do qual Ele se serve para que tudo à sua volta atinja os objetivos aos quais se destina. A perfeição, sendo o objetivo para o qual tende a natureza, é de Deus favorecer essa perfeição.
As leis e costumes humanos que criam obstáculos à reprodução são contrários à lei da natureza.
Entretanto, há espécies de seres vivos, animais e plantas cuja reprodução indefinida seria prejudicial a outras espécies e o próprio homem se tornaria uma vítima, o comete um ato repreensível ao impedir essa reprodução?
Deus deu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder que deve usar para o bem, mas do qual não deve abusar. Pode-se regular a reprodução conforme as necessidades, mas do qual não deve dificultá-la sem razão. A ação inteligente do homem é um contrapeso estabelecido por Deus para equilibrar as forças da natureza, e é isso ainda que o distingue dos animais, porque o faz com conhecimento de causa. Mas os próprios animais também concorrem para esse equilíbrio, porque o instinto de destruição que lhes foi dado faz com que, ao terem de prover sua própria conservação, detenham o desenvolvimento excessivo e talvez perigoso das espécies animais e vegetais de que se nutrem.
O controle da natalidade para impedir a reprodução e satisfazer a sensualidade é a predominância do corpo sobre a alma e de que o homem está materializado.

Casamento e celibato

O casamento, ou a união permanente de dois seres, é um progresso na marcha da humanidade.
A abolição do casamento para a sociedade humana seria o retorno à vida animal.
A ideia de que o casamento não pode ser absolutamente dissolvido está na lei humana que é muito contrária à lei natural. Mas os homens podem mudar suas leis; as da natureza são as únicas imutáveis.
O celibato voluntário não é meritório aos olhos de Deus, e os que vivem assim por egoísmo desagradam a Deus e enganam a todos.
O celibato é para algumas pessoas um sacrifício com a finalidade de se devotar mais inteiramente ao serviço da humanidade. Todo sacrifício pessoal é meritório quando é para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito.
A igualdade numérica aproximada que existe entre homens e mulheres é um indício da proporção em que se devam unir.
A poligamia é uma lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, conforme o desígnio de Deus deve estar fundado na afeição dos seres que se unem. Com a poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade.

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