AS VIRTUDES E OS VÍCIOS
Somos seres espirituais, temporariamente encarnados para
desenvolvermos a sabedoria e a capacidade de amar.O objetivo da reencarnação é
proporcionar experiências de acordo com o nível evolutivo do indivíduo para que
a lei do progresso se cumpra.
Deus nos criou simples e ignorantes mas com um potencial
imenso a ser desenvolvido, o potencial divino. Se ele nos criasse já perfeitos
não teríamos o mérito da conquista da perfeição.
Como estamos em processo de aperfeiçoamento todos nós
temos virtudes e vícios.
Podemos definir virtudes como sendo tendências
comportamentais e cultivo de valores que contribuem para nossa evolução
espiritual.
Podemos definir vícios como sendo tendências
comportamentais e cultivo de valores que impedem ou prejudicam nosso progresso
espiritual tais como fixações em idéias, emoções e ações negativas ou que nos
desequilibram.
As virtudes são alcançadas à medida que passamos pelas
experiências e superamos nossas deficiências.
Jesus foi o Espírito mais evoluído que já reencarnou neste
planeta, o maior exemplo de virtudes e capacidade de amar. E Ele nos deixou a “fórmula”
para nos aperfeiçoarmos: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a
si mesmo”.
Quanto mais qualidades ou virtudes conquistamos, mais desfrutamos
os prazeres destas conquistas.
Quanto mais defeitos ou vícios mantemos mais sofremos as
conseqüências dessas imperfeições.
Normalmente, associamos a idéia de vícios à dependência ao
uso de bebidas alcoólicas, às drogas, ao jogo, ao sexo desregrado, mas, além
destes, existem os vícios morais, muito mais disseminados na humanidade. Vamos
exemplificá-los:
O orgulho – queremos ser melhores que os outros e não
admitimos nossas falhas. Esquecemos que somos criaturas de Deus portanto, todos
somos iguais, e que percebendo nossas falhas estamos nos conhecendo melhor e com
melhores condições de evoluirmos,
O egoísmo – só pensamos em nós mesmos, esquecemos que
todos temos direitos e necessidades iguais.
Sede de poder – queremos controlar o modo de pensar, sentir
e agir do outro impondo nosso ponto de vista e vontade. Esquecemos que cada um
tem o seu ritmo evolutivo e sua história pessoal.
A violência – é o cultivo da raiva, do ódio, do desamor.
Sentimento complexo que pode estar relacionado com o orgulho ferido, ou a um
egoísmo extremo, ou ao autoritarismo e, principalmente, à dificuldade de amar e
perdoar ao outro e a si mesmo.
Podemos citar ainda a vaidade excessiva, o medo exagerado,
a autodesvalorização, enfim, uma série de vícios morais.
Ao aceitarmos nossas falhas, percebemos que ninguém é
perfeito e que as imperfeições fazem parte do trilhar evolutivo da
humanidade. Com a aceitação temos
melhores condições de transformar o orgulho em humildade, o egoísmo em
solidariedade, o autoritarismo em diplomacia, a violência em amor, o medo em
coragem, a tristeza em alegria, a apatia em entusiasmo, a autodesvalorização em
autoaceitação.
Teremos condições de melhorar a nós mesmos e convivermos
mais positivamente conosco mesmo, com as pessoas e com a vida.
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Por Vera Lúcia dos Santos Nuzzi |
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