segunda-feira, 25 de abril de 2016

A REGENERAÇÃO, A MISERICÓRDIA E O AMOR DE DEUS PREEXISTEM A NÓS

Os atributos e decisões de Deus são sempiternos, permanentes, sempre presentes e imutáveis. 

Assim, antes de sermos criados, a nossa regeneração, o amor e a misericórdia da parte de Deus para conosco já existiam. 

José Reis Chaves

Não foi, pois, por obras boas praticadas por nós, mas de fato de graça, pois ainda não existíamos. 


Porém, podemos receber agora essas benesses gratuitas de Deus bem ou mal, pois isso depende de nosso livre-arbítrio. E para recebê-las bem, temos que vivenciar o evangelho. Sim, pois Jesus não veio perder o seu tempo de trazê-lo para nós.

Sobre isso, vejamos um texto da carta de são Paulo a Tito (3: 5). E, para deixarmos mais claro seu conteúdo, fazemos uns parêntesis: “Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, não por obras de justiça praticadas por nós (pois ainda não existíamos), mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo (nosso que se purificou).” 

Nosso corpo é santuário de um Espírito Santo.” (1 Coríntios 6: 19) O lavar regenerador feito pela nossa vivência evangélica leva-nos à nossa regeneração, evolução, aperfeiçoamento através da palingenesia (período das reencarnações), por meio do evangelho de Jesus Cristo. 

E, por oportuno, São Paulo não conheceu o Espírito Santo do dogma trinitário, que só foi criado mais tarde pelos teólogos. (Mais detalhes em meu livro “A Face Oculta das Religiões”, lançado também em inglês nos Estados Unidos).

A nossa regeneração, como já foi dito, já aconteceu. 

E cabe a nós, agora, fazermos a nossa parte, na nossa peregrinação terrena durante as reencarnações através da vivência do evangelho. Aliás, a nossa regeneração, no citado texto paulino, significa exatamente a concretização da nossa moral cristã baseada no ensino moral do evangelho.

Ora, se a nossa regeneração vem de Deus, mas se completa através da prática do evangelho, como acabamos de ver, mas se mais alguma coisa ainda nos falta, para que ela se concretize tornando-se uma realidade atualizada lá no final dos tempos, no Juízo Final, é mesmo a nós mesmos que cabe fazermos o que nos falta, pois, realmente, Deus e Jesus já fizeram tudo o que lhes cabia fazer e do melhor modo possível. 

E, agora, é mesmo conosco. Ou vamos seguir uma religião da preguiça?

Nós fomos criados por Deus semelhantes a Ele, em espírito e em perfeição. Mas essa perfeição foi só em estado de potencialidade ou de semente. 

E estamos procurando concretizar essa semelhança, não a igualdade, com Deus, através da palingenesia (período das reencarnações), ao longo dos milênios. Mas atentemos para o fato de que, com somente uma vida terrena, nós não conseguiríamos nem começar a construir essa semelhança com Deus, a qual é a nossa longa regeneração. 

Por isso, precisamos mesmo de muito tempo, ou seja, de muitas reencarnações para realizarmos essa nossa regeneração com o lavar regenerador do nosso próprio Espírito Santo.

E aqui nos vem uma pergunta. Se houvesse uma vida só terrena para o nosso Espírito Santo ser lavado por meio da nossa real vivência do evangelho, como ficaria uma pessoa que morresse ainda criança ou até nascesse já morta? 

Não vale dizer que se trata de um mistério de Deus, explicação essa dada pelos teólogos para justificar a criação por eles, e não por Deus, de doutrinas misteriosas e confusas!

José Reis Chaves - escritor e palestrante 



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