A Providência divina manifesta-se incessantemente em todas as situações e lugares, proporcionando vasta gama de recursos, com vistas a proteção, ao futuro e ao progresso da criaturas.
Régis Mesquita |
Este amparo acontece de
infinitos modos ...
Um deles dá-se por
intermédio de tutores espirituais, conhecidos no meio espírita pelo nome de
guias espirituais ou amigos espirituais.
É grandiosa e sublime a
doutrina dos guias espirituais, pois revela a providência, a bondade do criador
para com seus filhos, provendo-os de meios para o aperfeiçoamento.
Para efeitos didáticos
kardec classificou os guias espirituais em três categorias:
1- Espíritos protetores
2- Espíritos familiares
3- Espíritos simpáticos
O Espírito protetor, ou anjo
guardião, é sempre um bom espírito, mais evoluido.
Trata-se de um orientador
principal e superior. Sua missão assemelha-se de um pai com relação aos filhos:
a de orientar o seu protegido pela senda do bem, auxilia-lo com seus conselhos,
consolá-los em suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.
Os espíritos protetores não
constituem seres privilegiados, criados puros e perfeitos mas sim Espíritos que
chegaram a meta, depois de terem percorrido a estrada do progresso.
A missão dos Espíritos
protetores tem duração mais ou menos prolongada, pois estes acompanham o
protegido desde o nascimento até a desencarnação, e muitas vezes durante várias
existências corpóreas.
São almas que já trilharam
as experiências de diferentes encarnações, as mesmas pelas quais estamos
passando, e conquistaram, pelo próprio esforço, uma ordem elevada .
A atuação do protetor
espiritual não é de intervenção absoluta, pois apesar de influir em nossa
vontade, evita tomar decisões por nós e contra nosso livre arbítrio ...
Sofre quando erramos, embora
esse sofrimento não seja revestido das mesmas paixões humanas, porque ele sabe
que, mais cedo ou mais tarde, o seu tutelado voltará ao bom caminho.
Os Espíritos protetores, em
realidade jamais abandonam seus protegidos, apenas se afastam ou "dão um
tempo" quando esses não ouvem seus conselhos.
Espíritos protetores
dedicam-se mais a orientação de uma pessoa em particular, não deixando,
entretanto, de velar por outros indivíduos, emboram o façam com menos
exclusividade. Exercem supervisão geral sobre nossas existência, tanto no
aspecto intelectual, incluindo as questões de ordem material, quanto moral,
emprestando ênfase a esta última, por ser a que tem preponderância em nosso
futuro de seres imortais.
Desde que chamados, voltam
para seus pupilos, a fim de auxiliá-los no recomeço.
Por isso atendemos ao
conselho de Joana de Angelis: - Tome cuidado para que não se afaste
psiquicamente do teu anjo guardião.
Ele jamais se aparta de seu
protegido, mas este, por presunção ou ignorância rompe os laços de ligação
emocional e mental, debandando-lhe da rota libertadora.
Quando erres e experimente a
solidão refaze o passo busca-o pelo pensamento em oração , partindo de imediato
para a ação edificante.
Momento chega, porém em que
o aprendiz deixa de ser tutelado. Isso acontece quando o espírito atinge o
ponto de guiar-se a si mesmo, estágio que por enquanto não se dá na Terra
planeta de expiações e provas.
Espíritos familiares são
orientadores secundários....
Embora menos evoluídos,
igualmente querem o nosso bem.
Podem ser os
Espíritos de nossos parentes, familiares ou amigos. Seu poder é limitado e sua
missão é mais ou menos temporária junto ao protegido.
Ocupam-se com
particularidades da vida intima do protegido e só atuam por ordem ou permissão
dos Espíritos protetores, como por exemplo quando o socorrido está
recalcitrante e não ouve os conselhos superiores, ou apresentam comportamento
enigmático.
Nessa hipótese, o Espírito
familiar por ter mais intimidade e vínculos sentimentais com o protegido, é
aceito como colaborador, de modo a auxiliar na solução de problemas
específicos. Podem por exemplo, influenciar na decisão de um casamento, nas
atividades profissionais, ou mesmo na tomada de decisões importantes que
envolvam o cumprimento da Lei de Causa e Efeito, conforme a necessidade do
atendido...
Espíritos simpáticos: podem
ser bons ou maus, conforme a natureza das nossas disposições íntimas. Ligam-se
a nós por uma certa semelhança de gostos, de acordo com nossas inclinações pessoais.
A duração de suas relações, que também são temporárias, se acha subordinada a
determinadas circunstâncias, vinculadas a persistência dos desejos e do
comportamento de cada um. Se simpatizam com nossas ideias, com nossos projetos,
procuram nos ajudar e, muitas vezes, tomam nossas dores contra nosso
adversários, situação em que não contam com beneplácito dos Espíritos
protetores.
Em síntese...
Deus não nos atende
pessoalmente, conforme nossos caprichos, mas por intermédio de suas leis
imutáveis, e de seus mensageiros, isto é, Deus auxilia as criaturas por
intermédio das criaturas.
O amigo espiritual comparece
quando é invocado por meio de uma simples prece.
Ninguém está desamparado não
existe parcialidade nem privilégio nas leis Divinas, ou seja, cada um recebe de
acordo com seu merecimento de conformidade com seus esforços...
O processo, no qual te
encontras engajado, é de evolução, resolve-te por avançar, sem as contramarchas
tormentosas.
Ascendendo psiquicamente e
harmonizando-se emocionalmente, far-te-ás respeitado pelos Espíritos perturbadores
que, mesmo intentando molestar-te não encontrarão receptividade da tua parte.
Recorda-te por fim de Jesus.
Quem o encontrou, descobriu
um tesouro luminoso, e, enriquecendo-se com Ele, jamais tropeçará em sombra e
aflições.
Impregna-te dele, e sê
feliz, sem mais controvérsia.
Joana de Angelis / Divaldo
Franco
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