PRIMAVERA
Em homenagem a nova estação do
ano que se inicia transcrevo um poema do livro Cartilha da Natureza – A
Criação, psicografada pelo espírito Casemiro de Abreu, pela mediunidade de
Francisco Cândido Xavier.
O BOTÃO
Na extrema delicadeza
Precisa tempo, entretanto,
Da verdura perfumosa, Na
sombra e na claridade,
Destaca-se pequenino
Requerendo orvalho e sol,
O tenro botão de rosa. Noites, chuva,
tempestade.
Não há sinal de corola, Por
crescer pede cuidado
Vê-se apenas que começa Nos inícios da
existência,
A surgir a flor divina Mas,
morrerá com certeza
Num cálice de promessa. A golpes de
violência.
E às vezes nas alegrias Assim,
também, quase sempre,
De doce festividade, A muita
crença em botão
Espera-se pela rosa
Tentamos impor, à força,
No caminho da ansiedade. A nossa
compreensão.
Deseja-se a flor robusta Toda crença é
patrimônio
Com que se adorne a beleza, Que não surge
improvisado;
Mas não há lei que perturbe É a rosa da
experiência,
Os passos da Natureza. Em terras do
aprendizado.
É certo que toda rosa, Se tua alma vive em festa,
Como jóia de paisagem, Na fé que
pratica o bem,
Nunca pode prescindir Ajuda, coopera e passa...
Do zelo da jardinagem. Não busques
torcer ninguém.
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por Vera Nuzzi |
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