sábado, 12 de dezembro de 2015

Você tem Melindres?

Os Espíritos amigos, por meio do Chico Xavier, ampliaram o campo das possibilidades de autoconhecimento e de reflexão em torno das nossas atitudes e sentimentos.


Lendo um trecho de Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel, nos deparamos com o trecho abaixo:

Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os preconceitos cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. Procedem daí imensos desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando ouvidos, porém, ao personalismo inferior.


melindre, em particular, é tema recorrente nos escritos de Emmanuel e foi bem definido pelo dicionarista Houaiss: “disposição para se ressentir de coisa insignificante”.

Nós nos ressentimos (sentimos demasiadamente), nos magoamos, nos ofendemos em razão do que alguém nos fez ou deixou de fazer; disse ou deixou de dizer...

Quando agimos assim demonstramos o quanto somos frágeis, nos deixando abalar ou abater por outrem. De alguma forma autorizamos outras pessoas a nos afetar, alterar o nosso humor, jogar para baixo nossas resistências morais.




Melindres


Estar, ficar ou permanecer melindrado não é certamente um bom estado de espírito...

O melindre precisa de algumas situações-chave para ser deflagrado. Um dos seus gatilhos é o sentimento de contrariedade.

Na fase infantil, esta atitude se manifesta com frequência e se não ajustada costuma crescer demasiadamente.

É o que ocorre quando mimamos as crianças. Tratar com mimo, com excesso de cuidado, é algo que alguns adultos fazem para diminuir a contrariedade (o aborrecimento, o desgosto, o desconforto) que elas apresentam. 

Crescemos e voltamos a nos mostrar contrariados (e com baixa resistência à frustração) em muitas situações, por vezes de modo muito acentuado. O problema é que agora as motivações vêm misturadas com vícios morais como o orgulho, a vaidade e outras esquisitices que costumamos abrigar na alma.

Se nos sentimos melindrados, respiremos fundo, sacudamos a poeira de nossas velhas disposições interiores e nos renovemos.

Por vezes será mesmo necessário relevar o erro alheio, compreender a situação, perdoar os excessos e as indelicadezas.

Se já despertamos para as nossas responsabilidades diante da vida, temos muito que realizar! Perder tempo com melindres não é, definitivamente, uma atitude sensata.

Publicado no site da Federação Espírita de Rondônia - http://www.fero.org.br

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