quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O espanto com a morte! por Jô Andrade

Passei muitos anos com medo e receios da morte, a ponto de não querer nem comentar a respeito do assunto.


Jô Andrade


Presente ela está em nossa vida e em alguns anos ela apresentou-se crua e nua, no de repente, embora esta situação não exista, mas foi o sentimento que calou meu peito, levando minha mãe, logo após um irmão e mais adiante o pai. Num curto espaço de tempo, três pessoas se foram... ou voltaram para casa, depende o ponto de vista.


O medo já não fazia parte do cenário mental, porém instalou-se uma energia de dor por conta da saudade física, causada pela separação, que nunca soube medir.


O tempo encarrega-se de colocar um pouco de alívio em alguns momentos. Entretanto, em alguns outros a dor reaparece com intensidade mortífera.


O Espiritismo, através dos estudos particulares, nos faz entender com lógica que a morte faz parte do processo evolutivo das almas. Que o Espírito precisa estar ora encarnado, ora desencarnado para poder estudar, trabalhar, avaliar o seu percurso e identificar quais resultados atingiu e quais pontos terá que dedicar-se para aperfeiçoar e prosseguir em sua trajetória na direção da perfeição ao que é destinada.
E a vida prossegue seu curso normal moldurada pela imortalidade...

Recentemente fui abordada por duas senhoras, que se intitulam Espíritas, em idades avançadas e ambas demonstrando, pelos vários anos de amizades, perfeita comunhão com a Doutrina dos Imortais, mais estava espantadas com a morte de uma terceira amiga, de mais ou menos 68 anos de idade:

— Como isto foi acontecer? Foi tão de repente. Nunca imaginávamos que a amiga fosse embora tão rapidamente. Nunca se queixou de nada. Que loucura que é esta vida! Logo sou eu que vou embora.
Essas foram algumas das colocações espantosas das senhoras, frente ao retorno à Pátria Espiritual da nossa amiga.

Confesso que fiquei surpresa e meu espanto foi muito grande, não pela morte, pois já a reconheço como natural há muito tempo, mas pelas colocações de perturbação e de sobressalto das conhecidas... Espíritas
A morte, que é a cessação definitiva ou a ausência da vida física, representa renovação, retorno ao lar, pois aqui estamos fora de casa, visto que não somos do planeta Terra, retornamos à casa, no estado de erraticidade, pois ainda fica a necessidade de novas encarnações.

Com a morte ocorre a separação e que sem dúvida é doloridíssima. Como Espíritas, devemos aceitá-la como parte do processo natural da evolução dos seres, isto não quer dizer que quando ela ocorrer em nossa vida, não iremos sofrer. O que ofende a razão é acreditar que a morte acaba com tudo, que não teremos continuidade de existência e projetarmos aflição e revolta pelo ocorrido, afinal isso é sempre falta de confiança em Deus.

Se somos Espíritas, precisamos crer e demonstrar que confiamos no Criador e que se a morte existe, até por uma Lei Natural, sabemos que sofremos pela separação, mas acreditamos que a vida continua, que somos seres imortais e que TUDO está CERTO como está, afinal, morrer é partir antes.

Jô Andrade - www.clubedobem.net.br

Photo: http://www.noticiasespiritas.com.br/2016/FEVEREIRO/13-02-2016_arquivos/image035.jpg

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